Como estudante, enfrentei um grande impacto no meu aprendizado, especialmente porque, na área da saúde, muitos procedimentos fundamentais precisam ser realizados presencialmente. Durante a pandemia, esses procedimentos simulados foram feitos online, sem nenhum contato físico, o que dificultou muito a prática e a aquisição de habilidades essenciais. Como técnica de enfermagem, embora tenha sido uma oportunidade de emprego durante esse período tão desafiador, a rotina se tornou emocionalmente pesada. Além disso, como professora de ballet, perdi o emprego, o que gerou um grande impacto na minha estabilidade financeira e emocional. O isolamento foi um dos maiores desafios: ao trabalhar diretamente com pacientes infectados pelo COVID, fui afastada de muitos amigos e familiares, o que aumentou ainda mais a sensação de solidão e angústia. A superação foi um processo diário e gradual. No campo profissional, fui me adaptando às novas realidades, tentando dar o melhor de mim, tanto no ensino online quanto nas funções como técnica de enfermagem, apesar de todos os desafios emocionais e da carga pesada de trabalho. A experiência de trabalhar diretamente com a morte e com o sofrimento dos pacientes me fez refletir profundamente sobre a vida e o que realmente importa. Na saúde mental, busquei foco no trabalho e em ocupar a mente com tarefas construtivas, apesar do desgaste. A perda de emprego como professora de ballet foi dolorosa, mas ao mesmo tempo me motivou a ver a vida de outra forma, aprendendo a viver sem apego excessivo às coisas e entendendo a fragilidade da existência.