Já no contexto da COVID-19, as fake news se tornaram um problema grave e generalizado. Informações errôneas sobre a origem do vírus, métodos de tratamento, eficácia das vacinas e medidas de prevenção têm circulado amplamente, causando pânico, desconfiança e comportamentos perigosos. Por exemplo:

• Teorias da Conspiração: Surgiram teorias infundadas sobre o vírus ser uma arma biológica ou ter sido criado intencionalmente, o que desviou a atenção das fontes científicas reais e das medidas de combate à pandemia.
• Tratamentos Falsos: Foram divulgadas supostas curas e tratamentos milagrosos que não têm base científica, levando pessoas a adotarem práticas perigosas e a evitarem tratamentos comprovados.
• Desinformação sobre Vacinas: Notícias falsas sobre efeitos colaterais graves e teorias conspiratórias sobre vacinas têm gerado hesitação e resistência à vacinação, comprometendo os esforços para controlar a pandemia.

Ao mesmo tempo em que o noticiário do período focava em informar sobre as formas de conter a propagação do vírus – como higienização, uso de máscaras, distanciamento social, entre outros – surgiu uma “Indústria das Fake News ” em relação à pandemia, disseminando desinformações que causaram profunda confusão entre a população que buscava entender o cenário. A utilização de remédios sem comprovação científica, como o “kit COVID”, a resistência contra medidas de distanciamento social e o uso de máscaras são exemplos marcantes das campanhas de desinformação desde o início da pandemia. Termos genéricos como os relacionados ao chamado “tratamento precoce” causaram preocupações entre os especialistas, que rapidamente observaram um crescimento coordenado do negacionismo científico ao redor do mundo. Nas palavras de Tedros Adhanom, Diretor-Geral da OMS, “não estamos apenas lutando contra uma epidemia; estamos lutando contra uma infodemia”.